segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Roteiro Espetacular: o quê de Nordeste do Café do Alto

Se existe um lugar no mundo pelo qual eu sou apaixonada, é o nordeste. Já passei memoráveis férias naquelas terras encantadoras. Tomando muito banho de mar – e que mar, comendo peixe com pirão todo dia e bebendo cerveja com os pés na areia.

O Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa, sabemos. Mas aquele calor gostoso, a liberdade de sair na rua de chinelo, vestindo pouca roupa, a comida farta a um preço quase injusto de barato: isso, a gente não tem por aqui. Costumo chamar o momento em que estou comendo um fruto do mar fresco e delicioso – tipo ostra – de “férias na Bahia”. No Rio, não tenho muitas férias na Bahia.  


No entanto, tem quem tenta reproduzir, e a gente agradece. A Feira de São Cristóvão vai estar sempre ali para matar o desejo da manteiga de garrafa, da carne de sol, da farinha d'água, e dos aventureiros do forró – eu troco dançar por cantar no karaokê. Mas eu encontrei uma boa releitura daquele café da manhã típico de pousada nordestina em Santa Teresa, mais precisamente, no Café do Alto.   


Macaxeira cozida, ovo mexido com carne seca acebolada, espiga de milho, queijo coalho grelhado e várias outras delícias compõem o buffet, com preço fixo, servido aos sábados, domingos e feriados, entre 9h e 13h. O salão está sempre cheio, mas as reposições não param. E os atenciosos garçons, passam a todo tempo oferecendo outros aperitivos.


Para aqueles que acham que café da manhã sem bolo, não é café da manhã: pode ficar que vai ter. De rolo, aipim, milho, entre outros, todos assados no dia. Com manteiga e mel do engenho para arrematar.


Na mesa ao lado, tem pães variados e frios também. Para beber, café preto e leite quentinhos estão incluídos no buffet. Além de sucos, água aromatizada e água natural (servida numa jarra de barro bem bonitinha).


A música fica por conta de um violonista. Ótimo para ouvir entre uma conversa e outra, ou enquanto espera por sua tapioca, feita na hora, escolhida entre as 17 opções de recheio – fui de queijo coalho com mel do engenho e carne seca com requeijão – ou um cuscuz de milho incrementado.   


A decoração é um charme a parte. Muitas cores, estampas floral, esculturas em barro, móveis de madeira e literatura de cordel. Não para de pensar naquela macaxeira cozinha quentinha com manteiga derretendo por cima? Vai ser feliz no Café do Alto. Eu fui. / $$        


Café do Alto
Rua Paschoal Carlos Magno, 143 (no Largo do Guimarães) – Santa Teresa
Rio de Janeiro/RJ
Aceita todos os cartões

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Roteiro Espetacular: Uma pizza do Catete

Muito tempo sem postar e um monte de fotos de restaurantes no roll da câmera do celular (de amigos, é claro, que fazem as vezes de fotógrafo). Então, nada mais justo do que retomar as postagens, falando sobre a pizza mais fininha e crocante da cidade do Rio de Janeiro, né? Sente ai.

fotos: Raphael Pasini
Em um recente sábado, fui com um amigo local do Catete na Ferro e Farinha, a tal pizzaria hipster, que acho que já nem é mais hipster. Localizada em um espaço micro no número 42 da Andrade Pertence, sem letreiro ou indicador, a Ferro e Farinha, que começou como um forno ambulante pelas noites da cidade, rapidamente se consagrou, entre os entendidos, como uma das melhores pizzas cariocas. Hei de concordar.


Por lá, encontrar fila de espera é normal. Também pudera, são muitos fãs e apenas 11 lugares no balcão de dentro e três mesinhas do lado de fora. Mas nada que uma cerveja no boteco ao lado não resolva. Conseguimos sentar no balcão, o que foi ótimo. Gosto de observar a dinâmica da montagem e o forno (um ecoforno bem potente, diga-se) em ação. Fomos recebidos por funcionários simpáticos e conheci o próprio Sei Shiroma, o nova-iorquino de ascendência asiática por trás de tudo aquilo.


A massa é de fermentação natural e os recheios, combinações muito bem pensadas por Sei. O cardápio enxuto tem preço médio de 35 reais – tamanho único de pizza. Fui de Domenico: molho de tomate ácido na medida, mozarela fior di latte (prima da búfala, feita com leite de vaca), folhas de manjericão fresco, queijo grana padano ralado na hora e azeite extra virgem. Deliciosa e muito bem equilibrada.

Eu já declarei, por aqui, o meu amor à pizza Margherita, e não pude deixar de comer algo parecido por lá. Quer uma sugestão? Também pediria a Picnic Apimentado, que leva molho de tomate, ricota, fior de latte, grana padano, gorgonzola e mel picante. Interessante, né? Um Romeu e Julieta que faz sentido, talvez. Desculpa, mas é que, para mim, queijo com goiabada não rola.

Ah, e não tem garfo e faca para comer, é com as mãos. Se sujar, pede guardanapo. Para beber, tem água aromatizada com pepino e hortelã por cortesia da casa.


Desde quando abriu no endereço fixo, a Ferro e Farinha já ganhou inúmeros prêmios, e o sucesso de público proporcionou a expansão dos negócios. Na semana passada, começou a funcionar oficialmente a South Ferro, um espaço dez vezes maior, em Botafogo. O conceito é diferente: uma mistura de café, pâtisserie e pizzas. Pelo que tenho acompanhado no instagram (@southferro), criatividade nos sabores não vai faltar. Quando eu for, conto por aqui. // $


Ferro e Farinha
Rua Andrade Pertence, 42 - Catete
Rio de Janeiro/RJ
Aceita todos os cartões

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Receita GC: Meu primeiro brownie

Dia desses, assei o meu primeiro brownie (pausa para a lágrima cair)! Vocês já devem ter notado que eu nunca postei uma receita de sobremesa por aqui. Talvez por que eu não seja uma pessoa muito de doces. Ok, é difícil me ver negando um pedaço de chocolate (amargo, por favor) nos finais de semana, porém, mais difícil ainda é me ver louca atrás de um docinho depois do almoço de todo dia. Em todo caso, ter preconceitos até mesmo dentro da cozinha é muito ultrapassado.  

Como agora estudo gastronomia, e por isso acabo lendo, também, sobre técnicas de confeitaria, decidi que era hora de experimentar esse mundo colorido e açucarado. Um bolo bem fofinho com cobertura soava um tanto desafiador pra mim, então, por que não começar por esse tipo de "bolo" que é bem baixinho por natureza e nem fermento leva? E lá fui eu. Inspirada e instruída por uma pâtissier (merci, Fait Maison), assei um tabuleiro enorme de brownie em plena terça-feira a noite.


Essa receita rende muuuuito. Deu pra dividir entre a família, os amigos, uns desconhecidos e todos gostaram. Mas, vocês podem fazer inteira e vender, ou metade, 1/3, como quiserem. Anota ai!



Brownie de chocolate

Ingredientes:
200g de manteiga sem sal
100g de manteiga com sal
400g de açúcar
6 ovos
400g de achocolatado
400g de cacau em pó
450g de farinha de trigo
Castanhas (castanha de caju, nozes, avelã, amêndoa..) à gosto


Modo de preparo:

Em uma batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme bem claro. Adicione os ovos um a um e bata. Acrescente o achocolado e o cacau e bata até incorporar. Por último, acrescente a farinha e misture com uma espátula. Não precisa misturar muito, apenas até sumir o branco da farinha.


Preaqueça o forno a 180°. Despeje a mistura até a metade de um tabuleiro untado com manteiga. Ajuste o forno para médio e asse por cerca de 30 minutos. O brownie irá inflar e formar uma casquinha, depois que baixar completamente, retire do forno.      


Bom apetite!

terça-feira, 19 de julho de 2016

Roteiro Espetacular: Mercado São Pedro

Um ponto-turístico para quem gosta de gastronomia e história, em Niterói, é o Mercado São Pedro. Localizado no bairro da Ponta D’Areia, o mercado público de peixes e frutos do mar hoje figura como o maior do Estado do Rio de Janeiro.

                                                                                                                                                                           fotos: Maristella Sodré
Depois de 20 anos funcionando sobre palafitas na Baía de Guanabara, em 1971, o Mercado foi transferido para o atual prédio na Av. Visconde do Rio Branco. Na sede, funcionam 40 boxes, sendo 39 bancas de peixe e uma mercearia (1º andar), oito bares e restaurantes e uma loja de artigos para pesca (2º andar), além dos escritórios (3º andar). Nos estabelecimentos do segundo andar, você pode pedir para prepararem na hora a sua compra local.


Desde que comecei a cozinhar profissionalmente, minhas idas ao Mercado São Pedro aumentaram. Por ser de Niterói, cresci comendo os peixes de lá, no entanto, percebi que além de encontrar os pescados mais frescos da cidade, visitar o Mercado é uma excelente maneira de aprender.   


Não apenas ótimos vendedores, os funcionários dos boxes estão sempre dispostos a indicar o melhor modo de preparo para cada tipo de peixe. Assim como para esclarecer dúvidas sobre espécies de peixes, regiões para a pesca, sazonalidade e mercado.  


Os carregamentos chegam diariamente. São colocados à venda fresquíssimos. Vermelho, cherne, salmão, anchova e pargo são algumas das opções encontradas. 



Ao final do corredor, como não poderia faltar, fica uma imagem de São Pedro, padroeiro dos pescadores. 


Assim como muitas cidades possuem como tesouro um mercado municipal, Niterói guarda no centro o Mercado São Pedro. Ladeado pela arquitetura de Niemeyer e pela deslumbrante paisagem da Baía de Guanabara, o tradicional ponto de venda de peixes abastece, há mais de 60 anos, as cozinhas niteroienses e cariocas.

Mercado São Pedro
Av. Rio Branco, 55 - Centro
Niterói/RJ
Telefone: (21) 2620-3446
Não aceita cartão

#DicaGC para escolher um peixe fresco:

. A pele deve estar brilhante;
. As escamas devem estar bem firmes ao corpo;
. Os olhos do peixe devem estar brilhantes e salientes;
. As guelras devem estar bem avermelhas;
. As barbatanas e caudas devem estar inteiras, úmidas e flexíveis;
. Ao pressionar a barriga, a musculatura deve estar firme;
. O odor não deve ser forte, peixe fresco cheira a maresia.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

ReceitaGC: Aniversário mexicano do pai

Recentemente foi aniversário do meu pai e decidimos fazer um jantar temático. Juntando as várias mãos da família e cada um trabalhando um pouquinho, no final do dia tivemos um banquete mexicano mara!


Como eu adoro comida mexicana, fajitas de frango e guacamole eu já faço há bastante tempo. Levam ingredientes frescos e não muito caros, são preparações simples de se fazer e deliciosas de se comer juntas. Perfeitas para reunir os amigos, ou praquele dia em que você quer jantar alguma coisa diferente em casa mesmo. 

Porém, conforme a ocasião pedia, queria oferecer uma mesa caprichada. Inspirada em outras receitas que aprendi no curso de gastronomia e na vida, fui ao mercado e comprei ingredientes para criar as minhas próprias versões. Além das fajitas e da guacamole, fizemos adaptações de relleno de carne, salsa mexicana, sour cream e até frijoles refritos. Claro, acompanhados de tortilhas de trigo (rederam burritos incríveis) e nachos. Uau! Valeu, família! E, o melhor de tudo, é que a comida mexicana se come com as mãos, o que deixa o clima ainda mais descontraído – e a mesa mais suja. Vamos as receitas.



Fajitas de Frango

Ingredientes:
1,5kg de peito de frango
1 pimentão vermelho
1 pimentão amarelo
½ pimentão verde
2 cebolas
2 dentes de alho picados
Suco de 1 limão
3 colheres (sopa) de vinagre
3 colheres (sopa) de óleo
1 colher (sopa) de orégano
1 xícara de coentro picado
Molho inglês a gosto
Cominho em pó a gosto
Páprica picante a gosto
Pimenta-do-reino branca a gosto
Sal a gosto


Modo de preparo:

Limpe o peito de frango, tempere com o alho, óleo, vinagre, suco de limão, pimenta, orégano, sal e cominho, e deixe marinando na geladeira por, pelo menos, 1 hora. Retire o excesso de tempero e corte o frango em tiras.

Em uma frigideira grande, aqueça um fio de óleo e grelhe as tiras de frango até ficarem cozidas. Cerca de 2 minutos de cada lado. Reserve.



Descasque as cebolas e corte em julienne (meia lua). Lave os pimentões, retire as sementes e corte em julienne (tiras ao comprido). Na mesma frigideira, aqueça um fio de óleo e refogue as cebolas até começarem a murchar. Em seguida, acrescente o pimentão verde. Logo após, o vermelho e o amarelo. Junte o frango cozido. Tempere com molho inglês, cominho, páprica, pimenta-do-reino e sal. Finalize com o coentro picado.  



Relleno de Carne

Ingredientes:
500g de patinho moído
2 cebolas picadas
1 dente de alho picado
½ pimenta dedo de moça picada
1 colher (sopa) de extrato de tomate
3 tomates italianos concassé (sem pele e sem sementes)
1 colher (café) de vinagre
Canela em pó a gosto
Pimenta-do-reino branca a gosto
Sal a gosto


Modo de preparo:

Tempere a carne com sal e pimenta-do-reino. Reserve.

Em uma panela, aqueça um fio de óleo e refogue a cebola, o alho e a pimenta dedo de moça por 3 minutos. Junte a carne e refogue. Retire do fogo e remova qualquer excesso de gordura ou de líquido. Adicione o extrato, o tomate concassé picado e a canela em pó. Corrija o sal e a pimenta-do-reino. Amasse os tomates até desfazer. Cozinhe em fogo baixo por cerca de 15 minutos ou até a mistura incorporar.

#DicaGC: Tomate concassé

Pegue os tomates italianos e faça um corte em X na parte debaixo. Coloque água para ferver em uma panela e separe um bowl com água e gelo. Quando a água estiver fervendo, coloque os tomates e aguarde alguns segundos até a pele começar a soltar. Remova-os para o bowl com gelo para interromper o cozimento. Essa técnica francesa faz com que a pele do tomate saia mais facilmente, preservando a textura da “carne”. Retire o olho do tomate, as sementes e corte em cubos.



Guacamole

Ingredientes:
1 abacate bem maduro ou 2 avocados
2 tomates picados
1 cebola picada
½ pimenta dedo de moça picada
½ maço de coentro picado
Suco de ½ limão
2 colheres (sopa) de azeite extra-virgem
Cominho em pó a gosto
Sal a gosto       


Modo de preparo:

Descasque o abacate e amasse levemente a polpa. Envolva o tomate, a cebola e a pimenta na polpa delicadamente. Tempere com sal e cominho. Adicione o suco de limão, misture e conserve na geladeira. Finalize com o azeite antes de servir.



#DicaGC: Tanto a cebola, o azeite e o limão previnem a oxidação do abacate e conservam a cor verde. No entanto, um truque que aprendi há anos é deixar o caroço do abacate dentro da guacamole até antes de servir. Eu sempre fiz, então acredito nele.


Salsa mexicana

Ingredientes:
2 tomates concassé picados 
1 cebola pequena picada
½ pimenta dedo de moça picada
½ xícara de coentro picado
½ xícara de salsinha picada
Suco de 1 limão
Pimenta-do-reino branca a gosto
Sal a gosto


Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes e finalize com o coentro. Se faltar líquido, adicione um pouco de vinagre. Se ficar muito ácido, complete com água filtrada. Conserve na geladeira até a hora de servir.  

#DicaGC: A salsa mexicana se assemelha ao nosso molho à campanha, exceto pela ausência de pimentão e a adição de pimenta. Procure cortar tudo bem pequenininho ou com carinho, com eu costumo dizer.


Sour cream

Ingredientes:
Creme de leite (escolha um com alto teor de gordura)
Suco de ½ limão
Pimenta-do-reino branca a gosto
Sal a gosto


Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes com um fuet (batedor de arame). Conserve na geladeira por, pelo menos, 1 hora antes de servir.


Frijoles refritos

Ingredientes:
100g de feijão carioquinha (ou rajadinho)
30g de queijo parmesão ralado
½ cebola picada
2 colheres (sopa) de óleo
Pimenta-do-reino branca a gosto
Sal a gosto

Modo de preparo:

Cozinhe o feijão e reserve o líquido.

Em uma frigideira, aqueça o óleo em fogo médio e refogue a cebola até que fique dourada. Acrescente o feijão com um pouco do caldo e amasse com uma espátula de silicone para obter uma pasta espessa. Se a mistura grudar, acrescente mais líquido. Misture o queijo ralado e corrija o sal.

Sugestão para a montagem do burrito de carne: tortilha de trigo + relleno de carne + frijoles refritos + guacamole + salsa mexicana + sour cream + alface. Vá com fé!

Sugestão para a montagem da fajita de frango: tortilha de trigo + frango com pimentões + guacamole + salsa mexicana + sour cream + alface.

Ufa! Bom apetite!

terça-feira, 5 de julho de 2016

Sabores da Tailândia no Jardim Paulista

Conhecer o Marakuthai era uma vontade antiga. Desde que descobri a chef Renata Vanzetto, fiquei curiosa para experimentar sua culinária caiçara com toque tailandês. Quando em São Paulo, fui à casa do Jardim Paulista para almoçar.


Posso dizer que a fachada simplória no final da Alameda Itu esconde um verdadeiro tesouro. Do lado de dentro, a decoração mistura lustres e outras peças vintage com mobiliário contemporâneo. A luz é baixa, principalmente na área sob o mezanino, o que torna o espaço bem intimista. Escolhi sentar próxima a janela, para que pudesse observar melhor aos detalhes com a ajuda do sol. O cardápio da casa é enxuto, mas dá vontade de comer absolutamente tudo, das entradas as sobremesas.


Apesar de dividida entre os atrativos bolinhos e a famosa Laos (tirinhas de salmão marinadas, servidas com geleia de pimenta ou melaço de gengibre), aproveitei o momento para pedir de entrada o Ceviche Megusta - já tinha lido que era sucesso absoluto na cevicheria da chef, em Ilha Bela. A porção é boa, serviu duas pessoas. O peixe é cortado com primor, o suco de limão quebra a doçura do leite de coco na medida, e o chips de batata doce é sequinho, perfeito.


Minha companhia foi de Kampuchea: tirinhas de filé mignon ao curry vermelho com farofa de banana. Como prato principal, escolhi pela panelinha de Camarões e Lula. Essa caldeirada vem acompanhada de arroz jasmim decorado com gergelim preto e farofa de dendê. O prato é bem leve, feito a base de leite de coco com tomates, limão e manjericão, mas, apesar de simples em sua composição, o resultado é um conjunto de sabores bem marcante - no Rio, até tentei recriar em casa. Vou postar no #ReceitaGC outro dia. Seguindo a tradição tailandesa, sobre a mesa não há pratos brancos, e sim cumbuquinhas, onde nos servimos para comer.

Além de ser uma pedida certa para quem está em São Paulo, o Marakhutai é daqueles restaurantes para se voltar várias vezes, até provar todo o cardápio, e eleger um prato como favorito. // $$$

Marakuthai Jardins
Alameda Itu, 1618 - Jardins
São Paulo/SP 
Telefone: (11) 3062-7556 / 3061-1015
Aceita todos os cartões 
www.grupomarakuthai.com.br

terça-feira, 28 de junho de 2016

Receita GC: Hambúrguer Artesanal

Se tem uma comida que me deixa feliz e que vira e mexe eu tenho vontade de fazer, é um belo hambúrguer artesanal! Pensar no blend; pedir para o açougueiro moer as carnes na hora; pegar o alface, o tomate e a cebola mais bonitos do hortifruti; escolher o tipo de queijo e, por fim, o pão com gergelim - sempre.

Eu nunca fui adepta dos fast-foods. Acho um lanche extremamente calórico e com uma concentração altíssima de sódio pra opções que são facilmente recriáveis em casa, com ingredientes frescos e saudáveis. Por conta disso, há algum tempo comecei a fazer o meu próprio hambúrguer em casa. Alguns dirão que o resultado é gourmet. O maior desafio foi achar o blend de carne (vocabulário específico para se referir aos diferentes cortes de carnes que serão combinados) perfeito, afinal, queria um sabor único. Sabia apenas que precisava ter sabor, altura e até 30% de gordura.

Confesso que testei algumas combinações até chegar a mais recente fórmula. O acém sempre foi a minha base, acho uma carne acessível e saborosa, o que preciso. Para a gordura, que escolhi calcular 20%, uso bacon. Porém, ainda quero testar com a gordura da própria carne (peito, costela ou picanha são minhas opções). Eis que da última vez, na falta de um pedaço pequeno de fraldinha, optei pelo contra-filé. Bingo! Os discos nunca ficaram tão saborosos e suculentos. Adoro testar novas combinações, mas acho que, finalmente, achei o meu blend. Pão, carne, queijo bola, cebola caramelizada, alface e tomate. Que nome tem isso se não perfeição?

Vamos substituir aquele lanche caríssimo e calórico por um hamburgão artesanal delícia? Espero que gostem da receita!




Hambúrguer Artesanal GC

Para o blend:
400g de acém moído
400g de contra-filé moído
200g de bacon moído (não esqueça de pedir para o açougueiro retirar o couro da peça)
sal fino a gosto


Para a cebola caramelizada:
2 cebolas médias cortadas à julianne (meia-lua)
2 colher (café) de açúcar
4 colheres (sopa) de azeite
sal a gosto


Modo de preparo:

Em uma panela, aqueça o azeite e adicione as cebolas. Quando estiverem translúcidas, adicione o açúcar. Mexa de vez em quando e tempere com sal. Quando estiver com cor de caramelo, está pronta. 

Comece moldando o hambúrguer:

Essa parte é divertida e deve ser feita com certa antecedência, para que a carne pegue o formato de disco. Hambúrguer legal é aquele que você precisa abrir bastante a boca para morder, certo? Então pense em um disco alto (2,5cm) de 180g - 200g. Para facilitar o processo, comprei em uma loja de utensílios para cozinha um aro de 11cm de diâmetro. Custam bem barato e são um ótimo investimento. Faça uma bola com o blend e acomode no aro com o auxílio de uma colher e não esqueça de apertar no meio. Dessa forma, o disco não irá encolher quando entrar em contato com o calor. 

Discos devidamente resfriados, é hora de fritar. Como eu não tenho chapa (wishlist), faço na frigideira convencional mesmo. O ideal é aquecê-la no fogo médio-alto por uns cinco minutos antes de colocar a carne para que o calor fique uniforme. Na falta de um termômetro culinário, está é uma boa referência:      

- Mal passado: 1'30" de cada lado
- Ao ponto para mal passado: 2' de cada lado
- Ao ponto: 2'30" de cada lado
- Ao ponto para bem passado: 3'30"
- Bem passado: 4 a 5' de cada lado
Fonte: Guia do Hambúrguer

Nada de apertar com a espátula ou ficar virando o hambúrguer. Respeite o tempo da carne, deixe-a na frigideira pelo tempo estimado e vire apenas uma vez. Vai dar certo! Quanto ao tempero, assim que ela entrar na frigideira é a hora de colocar o sal. Lembre-se que pouco sal irá resultar numa carne menos saborosa, então, não segure na mão. O queijo, se for colocar, deve ser adicionado cerca de 1 minuto antes do hambúrguer ficar pronto. Abafar por alguns segundos com o auxílio de um abafador ou uma tampa ajuda a derreter, mas não exagere, ninguém quer hambúrguer cozido por dentro. 

Hambúrgueres prontos, é só montar do jeito que você mais gosta e devorar! 

Bom apetite!